INTRODUÇÃO
Este artigo vem abordar a questão que gira em torno do Terceiro Setor dentro da visão do Serviço Social Vilão ou Aliado? A questão vem salientar os dois lados que mistificam elementos distintos no Terceiro Setor: Seria vilão por acudir a maquina estatal dividindo as responsabilidades coma sociedade ou aliado por ainda promover a falida solidariedade de um mundo cada vez mais individual e capitalista?
A problemática dessa questão gira no teor ideológico que o Serviço Social tomou como corrente de pensamento filosófico no final da década de 70, mais precisamente com o Congresso da Virada, onde o Marxismo tornou-se filosofia do pensamento dominante no Serviço Social, graças à aproximação da ideologia marxista com a causa proletária, quanto a luta de classes entre burguesia e proletariado. O Terceiro Setor sempre foi visto com maus olhos por estar atrelado aos intentos e ideários do Neoliberalismo com o sentido de caracterizar uma transferência de responsabilidades do Estado para a sociedade civil. Mas o que se vê na realidade, trata-se de uma batalha ideológica se analisarmos a realidade e seus recortes na questão social vigente.
Promover essa discussão parece ser negar ou aceitar tanto uma ideologia ( no caso do Serviço Social a ideologia marxista contra a ideologia neoliberal praticada pelo Estado atual) e corrente de pensamento como uma visão mais critica e próxima da realidade no sentido de emancipação, participação e interação entre os agentes sociais envolvidos( quem constitui o Terceiro Setor, quem é beneficiado pelo Terceiro Setor e quem o legitima enquanto ação institucional) e o objetivo deste trabalho é exatamente explicitar as duas faces do Terceiro Setor mantendo a imparcialidade da pesquisa bem como propor uma nova discussão menos calcada de ideologias pré-fundamentadas nas divergências e lutas de classes seja qual for sua denominação.