
De acordo com a conselheira tutelar em Altamira, Lucenilda Lima, “a maioria dos casos que chega ao conselho é relacionada aos trabalhadores da obra, que usam, aliciam, exploram crianças e adolescentes”. De acordo com ela, “Altamira precisa ser vista com olhar diferenciado”.
O objetivo do Conanda é mobilizar autoridades e a comunidade para uma ação conjunta. “Nós sabemos que grandes obras trazem impactos como violência sexual, homicídios, violência doméstica e trabalho infantil. A rede de serviços dos municípios e do estado não consegue atender às demandas”, explica a presidenta do Conanda, Miriam Maria José dos Santos.
Serão convidados para a assembleia moradores dos 11 mnicípios da região do Baixo Xingu. “Vamos priorizar a estruturação de conselhos nos municípios que ainda não têm um sistema de Justiça estruturado”, informou o ouvidor Nacional dos Direitos Humanos, Bruno Renato Teixeira.
Segundo ele, no próximo ano, a SDH organizará caravanas da cidadania que visitarão os municípios oferecendo capacitação de profissionais, emissão de documento e atendimento direito à população por psicólogos, assistentes sociais e advogados. O objetivo é a integração de quem ainda não é atendido por programas sociais.
A partir das discussões na assembleia, será elaborada a Carta de Altamira do Xingu em Defesa da Criança e do Adolescente. Também farão parte do acordo, os empreendedores do setor elétrico. Sobre a ocupação do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte e demais conflitos que envolvem comunidades tradicionais, o Conanda afirma que não serão abordados na visita.
Matéria de Mariana Tokarnia, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 18/10/2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário